Início

sábado, 4 de junho de 2011

Moda, fetiche e poder


Depois de muito ter lido sobre a moda fetichista em um contexto histórico resolvi fazer esse tópico, já que a proposta do blog é modelar a silhueta feminina com o corset, hoje um dos grandes símbolos fetichistas, não tem como não tratarmos do vestuário funcional sendo ele ao mesmo tempo um instrumento poderoso de fetiche.


Vejam só leitores, as mulheres fizeram uma revolução para conquistar os seus direitos, hoje praticamente estão em pé de igualdade com os homens, ocupam altos cargos, posições de poder, empresárias, políticas, mas uma coisa a mulher jamais irá se desvencilhar: sua feminilidade.

Bom, parece óbvio, claro mulher é fêmea, homem é macho, eles necessitam um do outro para construir laços afetivos, formar uma família, etc e justo nesse momento a mulher deixa pra lá todos esses conceitos feministas e utiliza suas sensualidade, sua arma de poder para ser submissa ao homem, pelo menos creio que a grande parte das mulheres são assim.

A mulher forte, sexy ainda, continua a ser mais que nunca uma grande fantasia masculina. A combinação de ser sexy e poderosa é um fetiche dos mais cobiçados pelos homens, eles sonham com suas deusas de vestidos colados, salto alto, unhas compridas, silicones enormes, cabelos platinados como as atrizes pornos, ou seja hoje temos um fetiche pós-moderno alimentado pela mídia, na música, no cinema, novelas e esse novo paradigma agrada gregos e troianos, não vejo nenhum homem reclamando, a mulher conquistou o poder de ser sexualmente desejável..em outras épocas a mulher atual ousada e sexy andando pelas ruas seria a prostituta.

O fetichismo requer estimulação visual, é um valor ocidental, esta ligado a consumo, você é o tempo todo estimulado pela TV a seduzir, a impressionar com sua indumentária, diferente de outras culturas orientais. Há uma correlação interessante até com a criminalidade, alguns tipos de assassinos são, naturalmente, motivado sexualmente, altamente perversos e muitas vezes fetichista, o papel dos meios de comunicação de massa em explorar os fetiches acaba desenvolvendo sérios transtornos em um grupo da população que deseja a todo custo saciar o que sua imaginação é estimulada.

Por que moda fetichistas é quase exclusivamente produzidos para ser usado por mulheres?


Naturalmente as mulheres gostam de vestir-se mais que os homens, isso é fato.

Mulheres não queriam me matar mas eu descobri que na natureza os machos quase sempre são os bichos mais bonitos..aves, felinos, etc

Na sociedade existem regras e hierarquias bem definidas, quando os homens são obrigados a vestir-se para o trabalho ou uma festa, eles não complicam muito, é relativamente simples e padronizado, quase uma uniformização, enquanto as mulheres são obrigadas a se enfeitarem toda, como um bobo da corte, uma figura colorida, por isso muitos acessórios, é algo incrível e fantasioso ser uma mulher, estar atenta as tendências a cada estação, mil e uma possibilidades no vestuário, tudo para serem objetos de desejos do sexo oposto. O homem embora esteja mais descolado nessas últimas décadas, não se importa que sua vestimenta seja o que irá seduzir uma fêmea. O homem é naturalmente mais lógico, não que as mulheres não sejam também, mas é que nós tendemos a fantasia no processo de construção do pensamento, mulheres são muito românticas, idealistas. Os gays também muitas vezes exageram bem mais para afirmarem essa identidade que a sociedade não quer aceitar, vejam como eles gostam do exagero, os drags são bons exemplos, eles pintam um mundo com muito extravagância, algumas mulheres são muito peruas também, deve ser uma mutação genética que atrapalha o bom senso.

Devemos ficar atentos com o que adotamos como estilo, muitas pessoas usam roupas que não mostram o que elas realmente são muito cuidado pois existem significados ocultos dentro de nossas vestimentas, é uma exteriorização ou repressão dos nossos sentimentos, podem revelar desejos, crenças, até mesmo segredos, então vamos adequar a nossa imagem ao ambiente, valores que realmente acreditamos, sem a preocupação com agradar o exterior, com bom senso claro.


Os fetiches no vestuário não são coisas do outro mundo, pelo contrário, eles existem desde sempre, podem ser saudáveis desabafos da alma. .Eu procurei explicar numa abordagem na moda aos mesmo tempo que   citei vários pontos de vistas na cultura fetiche, psicanalítico, antropológico, etc. o importante é se auto-observar , se conhecer mais e olhar o mundo ao seu redor, tem muita gente da geração "cabeça aberta" andando pelas ruas com seus sapatos fetichistas, corsets, roupas de látex e couro, normal, tranquilo, é um estilo de vida assumido e merece ser respeitado, foram conquistas dos valores pós-modernos, o mundo mudou e a tal  "imoralidade" que nossos avós falavam sobre certos costumes já era.



Falando em imoralidade, as meias e  pernas de forra  são completamente aceitáveis vão desde o sofisticado ao alternativo, é um caminho sem volta a nova geração esta mudando a cara do mundo completamente, vamos saber daqui a 50 anos onde isso  vai dar, mas é uma revolução no vestuário.  Sem dúvida pra essa geração vestir é pura arte.


Cosplay é um hobbie onde pessoas de ambos os sexos procuram se fantasiar pra fazer fotos, começou nos USA e no Japão é a prática de se caracterizar como personagens de anime e mangás tornou-se um verdadeiro fenômeno no país. Os japoneses conquistam tudo, eles ditam tendências, é a 2º economia do mundo tem força no mundo fashionista.



Visual Kei ,em japonês: bijuaru kei, "linhagem visual" ou "estilo visual"), ou visual j-rock, é um tipo de música pop/rock japonesa em que os músicos dão forte ênfase numa aparência visual ostentosa, vestindo-se com trajes bem trabalhados e muitos acessórios. Qualquer coisa de uma pitada de glamour a um exagero de personificação feminina pode ser chamado de Visual Kei. Os artistas de bandas estilo Visual Kei afirmam que precisam se enfeitar para encenar sua música, as bandas “Visual Kei” estão transformando-se na força motriz* da música japonesa e no cenário da moda. Logo no ínicio dos anos 70, uma porção de celebridades do rock, do sexo masculino, no Japão, exploraram novas formas de expressão visual, adotando a moda, estilo, adornos e mesmo movimentos do sexo oposto.


Um comentário: