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terça-feira, 17 de maio de 2011

Alfaiataria Vive


Muitos podem pensar que a roupa sob media, feita por um alfaite, soei antiquado, fora de moda, mas é cada vez mais comum pessoas optarem por fazerem suas roupas com a metodologia antiga, na alta costura. O diferente de hoje é que o alfaite pode contar com a tecnologia, modelar no software 3D, criar com mais ferramentas, ter um banco de dados com o perfil de cada cliente e isso facilita muito o trabalho, a produtividade, adiantando os prazos de entrega.

O bom alfaite ele trata da confecção de um artigo pensando na engenharia do corpo humano, entende muito de antropometria, sabe como adequar cada pedaço de sua peça as curvas, isso exige grande conhecimento de geometria. É o que falta nos cursos de moda, os alunos aprendem apenas a copiar modelos, poucos desenvolvem a percepção geométrica, os arquietetos são mais dedicados aos seus estudos, eles sabem projetar o que eles querem. Por isso penso em vestuário como engenharia e não apenas um curso de moda com ideias muitas vezes infrutíferas pra exigências da indústria.

Eu vejo muitos designers de moda saindo das faculdades em busca de uma colocação no mercado de trabalho sem nem ao menos dominar a modelagem 3D, os softwares hoje são condição "sine qua non" pra construir qualquer coisa nesse mundo. Não tem como passar anos estudando vestuário e negligenciar o mais importante, é um enchimento de lingüiça a grade de moda no Brasil, melhor dizendo os alunos também não são tão estudiosos quando se trata de tecnologias.

Na minha experiência as tecnologias não melhoram o processo criativo, elas realmente turbinam, ganhamos tempo quando fazemos simulações, otimizamos materiais, fazemos ajustes e fechamos com um desfile, e isso bem antes de preparar a peça real. Não é a toa que os grandes estilistas usam essas ferramentas, vejam  YSL no exemplo abaixo, até mesmo quem usa pret-a-porter facilita bastante apresentar as coleções.




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